A chuva galopa dentro da noite
e um bêbado encena
sob a aba do chapéu
o malabarismo dos passos.
Na rua, sete gatos pardos
carregam no olhar
tumultos de antigos amores.
No telhado, réstias de flores
guardam segredos
de idílios felinos.
A chuva marcha dentro da noite
e o vento sopra nas coxas
que se escondem por entre o vestido
da última passante.
(Adriano Eysen)
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