"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que já nos levam sempre aos mesmos lugares. É tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

(Fernando Pessoa)
Já dizia uma frase clássica da obra de Homero: "Decifra-me ou te devoro". Sejam todos bem vindos!!!

sábado, 17 de setembro de 2011

Eu, um ser antiquado

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Hoje, eu estava pensando... É impossível não gostar das músicas de outrora, principalmente quando nos deparamos com essa "poluição sonora", presente na contemporaneidade. Desculpem-me as pessoas que gostam e chegam a delirar ao ouvi-las. Saibam que, além de entendê-los, os considero vítimas de um sistema social, através do qual a educação foi deixada em segundo plano. Mas não é só isso, não!
Como fica a cultura popular? Será que ao entendê-la encontramos uma explicação mais clara para esse problema? É através da cultura popular que conhecemos os padrões comportamentais e as crenças de um povo. Opondo-se à cultura de elite, a cultura de massa, baseada nos costumes e tradições, é transmitida pela oralidade para as gerações vindouras. Em sendo assim, por onde andam as Lendas e Mitos do Brasil? A Literatura oral e de cordel?
Prefiro viver outra época. Período em que Elis Regina, por exemplo, traduziu a vida difícil e sofrida do "caipira" de maneira sensível, poética e apaixonante na canção Romaria, do compositor Renato Teixeira.
Certo que a vida é movimento, e cada um pode ser a "Metamorfose Ambulante" do Raul Seixas, caso não seja, será uma contradição, pois na medida em que vamos envelhecendo, adquirimos sabedoria com o tempo. Mas, entre viver outra época e a degradação da figura feminina presente em muitas canções contemporâneas, como "Esfrega a xana no asfalto", da banda Black Style, serei demasiadamente um ser antiquado.

(Flávia Rodrigues)

3 comentários:

  1. Esse texto faz uma reflexão pertinente sobre a produção musical dos últimos anos, que tem pecado pela baixa qualidade artística e desrespeito da figura feminina.
    Diante de tudo isso,também prefiro ser retrógrado,um grande antiquado.

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  2. Seremos demasiadamente antiquadas, Flávia.

    Melhor assim, nem preciso dizer porque!

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  3. Nesse sentido, acho que está muito difícil encontrar "o trigo no joio". Nem as altas horas da madrugada incomodam tão boa leitura de mundo! Obrigado, Flávia!!!!

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